Como pessoas "felizes" são na verdade tristes e vazias
Esse texto não é um ataque a ninguém (nem a você que tem a vida perfeita no Instagram)
Essa reflexão veio enquanto eu pensava na Alasca do livro Quem é Você, Alasca? de John Green (li o livro há meses atrás, então não vou me apegar a isso para não falar bobagem), mas o que eu estava pensando era em como ela parecia ser tão divertida e maravilhosa pela visão do Miles, sendo assim um exemplo perfeito de como a felicidade que mostramos para o mundo pode ser, na verdade, uma fachada.
A impressão que eu tenho é de que, hoje em dia, em meio às redes sociais e às vidas perfeitas que ficamos assistindo 10 horas por dia, a felicidade tornou-se uma obrigação. A sociedade nos bombardeia com a ideia de que, se não estamos sorrindo o tempo todo, algo está errado conosco.
E isso, por sua vez, faz com que escondamos nossos verdadeiros sentimentos porque, no fundo, achamos que precisamos ser felizes o tempo inteiro. E é nesse momento em que o vazio começa a aparecer. Não importa o quanto se tenta parecer feliz, se por dentro você não está se sentindo assim. Em momentos de tristeza ou solidão, muitos de nós preferem manter a aparência de estar bem, até para não serem vistos como "fracassados" ou "tristes demais". Que bobagem! Sermos considerados coisas horríveis, simplesmente por não estarmos em uma boa semana.
Parece contraditório, mas muitas pessoas que parecem estar rodeadas de amigos, postando fotos animadas e vivendo a vida ao máximo, na realidade, estão sentindo uma solidão imensa. E essa solidão não é só sobre estar fisicamente sozinho, mas sobre não ter conexões verdadeiras, não se sentir entendido ou aceito de verdade.
Aquela sensação de estar cercado de gente, mas ainda assim se sentir vazio, é mais comum do que parece. E, assim como Alasca em Quem é Você, Alasca?, muita gente tenta preencher esse vazio com uma vida agitada, com festas, com novos lugares para conhecer, ou até com relacionamentos superficiais, mas no fim, o buraco emocional permanece lá.
Não são as fotos perfeitas ou as curtidas nas redes sociais que vão preencher o vazio emocional. O que realmente importa são as relações verdadeiras, os momentos compartilhados com quem te entende e te aceita como você é. As conexões genuínas, onde você pode ser vulnerável, sem medo de julgamento, são as que realmente importam. Quando nos permitimos ser autênticos, nos conectamos com os outros de maneira mais profunda e, com isso, encontramos um tipo de felicidade muito mais duradoura.
No final das contas, a felicidade é sua
A felicidade não precisa ser essa coisa distante ou um objetivo inalcançável. Ela está nas pequenas coisas: nas amizades sinceras, nos momentos de introspecção, na boa leitura de um livro, nas escolhas que nos aproximam de quem realmente somos.
Não se trata de ser feliz o tempo inteiro, mas de aprender a lidar com os altos e baixos da vida.